Após a palestra, Leandro Holanda convidou o João Régis, Coordenador de Artes, Filosofia, Sociologia e SPACE no Colégio Bandeirantes, mestre em Psicologia pela USP e doutor em Filosofia, na área de Estética, pela USP, a Thelma Lopes, que coordena a Olimpíada de Ciência & Arte (Fundação Cecierj) e a Camila Oliveira, gerente de Educação do Museu do Amanhã.
Camiila falou sobre a importância de Museus criarem espaços de experiência para os usuários: "É importante que o visitante se sinta parte daquilo que experimenta no museu", disse. Segundo ela, a arte tem uma capacidade absurdamente subjetiva, mas ao mesmo tempo, uma capacidade objetiva muito grande, que permite que as pessoas se conectem ao que está proposto nas exposições.
A Telma levantou outro ponto sobre a arte: "Quando a gente pensa na relação entre Arte e Ciência, a gente tem que pensar em que lugares essas áreas ocupam na sociedade. Muitas vezes a arte parece ocupar um lugar inferior ao da ciência, mas a arte é algo que afeta, que nos desperta para conhecer o mundo de alguma forma que, dentro do nosso cotidiano, nós não veríamos", disse. Ela conta que pode perceber essa relação na Olimpíada de Ciência e Arte da Fundação Cecierj. A experiência gerou um livro, uma espécie de diário de bordo, que compilou os processos e as criações dos participantes em um volume.
Sobre o poder de comunicação, Telma afirmou que "A arte é uma potência expressiva, é uma forma de comunicação muito importante, e por isso não pode ser reduzida a uma ferramenta para comunicar a ciência. A arte emociona e, muitas vezes, incomoda por dizer coisas que não queremos ouvir.".
Para finalizar o painel, João disse que espera que a participação da arte no STEAM seja cada vez maior. O potencial do STEAM como ocasião de se trabalhar as disciplinas integradas é muito grande para que ele seja reduzido a apenas uma letra da sigla, que muitas vezes pesa mais para o lado da ciência.